quarta-feira, dezembro 27, 2006

McFarlane Dragons Series 5: The Fall Of The Dragon Kingdom

Mais Dragões! Mais houvessem, mais se falaria disso aqui. McFarlane volta à carga com esta nova série, a 5ª, que por outro lado anuncia o princípio do fim. Seguindo a lógica, e pelo número de clãs existentes, diria que o término desta série está para breve, aquando da saída da 6ª. Quem sabe se o futuro nos reservará algumas surpresas. Assim o espero, pois o detalhe e qualidade destas figuras está cima da média. Até ao momento a McFarlane tem optado por lançar em cada uma das séries uma figura deluxe, uma espécie de bónus para os admiradores e apreciadores de Dragões. Esse exemplar é sempre um pouco maior do que os restantes, sendo que é retratada uma família por série nessa edição especial (neste caso o clã Fire). Pouco mais direi, já que o melhor mesmo é olhar para os diferentes clãs, cada um deles com os respectivos links para mais fotografias da mesma estatueta. Fica apenas a faltar a tradicional online feature, a que o site da McFarlane Toys nos habituou e que normalmente vem acompanhada de wallpapers, jogos, etc.; espero que esteja em construção. É aqui, neste momento da história destas figuras, que ficaremos a assistir ao início da praga humana no reino dos Dragões. Estará disponível em Fevereiro de 2007, em Portugal um ou dois meses depois. Uma boa aquisição para aqueles que receberam os €€ da família nesta quadra festiva e têm dúvidas onde os investir.




Komodo Clan Dragon




Sorcerers Clan Dragon








Water Clan Dragon



Fire Clan Dragon
(Deluxe Boxed Set)











Mauro Bex : maurobindo

terça-feira, dezembro 19, 2006

ERAGON: O filme


Senti-me tentado a escrever novamente sobre este assunto, pois já o tinha feito anteriormente neste blog (sobre o livro e divulgando o filme), desta vez por ter finalmente ido ao cinema ver o filme em questão. Escrevo também, por ter lido já algumas coisas sobre o mesmo, concordando com umas, discordando com outras. Mais uma vez, e como sempre, trata-se apenas de uma opinião, a minha.

Sintetizando ao máximo (pois o poder de síntese é algo difícil de conseguir, deixando-nos na maioria das vezes perdidos e a viajar pela maionese, que tão bem nos sabe), vou procurar focar o que me ficou na retina. Primeiro, o filme é demasiadamente curto para fazer jus ao livro, mas nestas questões de adaptações já se sabe, muita coisa se perde, mas outras se conquistam. É por aqui que temos de compreender umas coisinhas, tais como custos de produção e público-alvo. Infelizmente, este filme é direccionado principalmente a um público infanto-juvenil, e aguentar as criancinhas sentadas durante 1h:45m é obra (eu que o diga, pois vi-o acontecer), quando quem leu o livro e conhece a história queria e aguentava 3h à vontade. Mas nem tudo é como se quer, e repito, há que tentar entender o porquê. Penso que a produtora não quis arriscar demasiado, como se verificou nos casos de “O Senhor dos Anéis” ou “Harry Potter”, sequelas já afirmadas e (re) conhecidas do público em geral, com uma legião de fãs pelo mundo inteiro. É aqui que, no meu entender, reside o busílis da questão. Não seria de apostar/arriscar mais nesta produção? Parece que não. Assim sendo, adiante, os fãs que aguentem, pode ser que se este 1º filme for rentável a aposta suba de valor para a sequela.
As consequências desta decisão fazem-se notar, sendo evidente a falta de desenvolvimento e aprofundamento no treino de Eragon dado por Brom (essencial no decorrer de toda a trilogia, muito pouco explorado na película), na sua jornada até aos Varden (ultra-mega-rápida), da sua curtíssima estadia em Farthen-Dûr, etc., etc., etc. Fica sempre a sensação de que algo mais se poderia ter passado, pois as próprias personagens que vão surgindo no enredo caem quase que de pára-quedas, ou seja, para quem não leu o livro fica “a apanhar bonés”.
Quanto a representações, pouco tenho a apontar, já que a mestria de Jeremy Irons (Brom) é evidente, catapultando o filme lá para cima. Robert Carlyle (Durza) já o tinha visto em “Trainspotting” e a sua qualidade foi fundamental para uma personagem que está muito bem conseguida. Temos ainda um John Malkovich discreto, o que era de esperar, já que a figura de Galbatorix pouco surge e nada fala durante o livro. Quanto ao estreante Ed Speleers (Eragon), achei-o confiante e com uma tonalidade de voz grave (pouco comum para a sua idade), factor importantíssimo para esta personagem por ser ele o “salvador” deste mundo que é Alagaësia; ainda assim, a falta de experiência deste é visível em passagens que requerem um carácter mais emocional, mas julgo-o no bom caminho.
A fotografia é boa, com paisagens magníficas e cenários criados em computador bem elaborados. Por outro lado, a falta de experiência do realizador (outro estreante) acaba por transparecer a todos nalgumas captações de planos feitos a partir de helicóptero, que na edição não merecem a atenção necessária. E claro, o argumento não é o que se esperava, ficando muito aquém das expectativas, prejudicando o todo.
No fundo, o que de melhor se conseguiu nesta aventura cinematográfica foram os efeitos especiais, destaque absoluto para Saphira. Está simplesmente fabulosa, um dragão (fêmea) fantástico! Confesso que tinha grande apreensão neste ponto, pois para além de ser fã acérrimo destes seres míticos, acabo por exigir muito de quem os cria visualmente. Foi uma agradável surpresa. A sua voz é-nos dada por Rachel Weisz, que está longe de ser a ideal, pelo simples facto de ser monocórdica do início ao fim. Em momentos de maior tensão a sua suavidade poderia ser mais aguerrida, sem nunca esquecer que Saphira é uma jovem.
Pormenores à parte, que são a essência de um bom filme, era esperado mais e melhor, se bem que acabo por compreender certas decisões e direccionamentos, não estando necessariamente de acordo com tudo. Globalizando e para terminar, penso que os admiradores deste mundo criado por Christopher Paolini vão gostar de se deslocar até às salas de cinema, pois para além de não aspirar a épico, o filme acaba por ter muito de interessante.
Lá se foi o poder de síntese, vencendo novamente o poder de navegação pela maionese. Fiquem com duas das frases mais marcantes desta primeira adaptação ao grande ecrã. Na realidade, acabam por dizer muito do que é este filme:
“That's the spirit – one part brave, three parts fool.” Brom
“I expected you to be – well, more...” Durza


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Mauro Bex : maurobindo

sexta-feira, dezembro 15, 2006

LURTZ Premium Format Figure

Sem precisar de aprofundar muito a descrição desta peça fenomenal, deixo-vos algumas fotos, pois as imagens valem mais do que mil palavras. Lurtz faz parte da recente linha criada pela Sideshow dedicada à saga Senhor dos Anéis (Premium Format Figures), após os termino adaptação de Peter Jackson à 7ªArte da trilogia original de Tolkien. Fica uma breve descrição da loja Good´N´Evil, que em Portugal é a única loja que se dedica exclusivamente a este tipo de coleccionáveis. Uma boa prenda de Natal, sem dúvida alguma. Entretanto, espero que a minha chegue na próxima semana.

A Good n' Evil inicia uma nova coleção para todos os amantes dos Senhor dos Anéis:
- Recreada à escala de 1:4 com o seu sabre e o seu escudo, a escultura capta perfeitamente a malicia intencional do ataque de Lurtz aos companheiros.
- A figura é feita de uma mistura de resina e cabedal, onde são utilizados os melhores materiais para recrear todos os detalhes, como a bruta mas eficaz armadura Uruk-hai.
Peso: 6,91 Kg
Altura: 57,1 cm
Largura: 25,4 cm
Profundidade: 25,4 cm








Mauro Bex : maurobindo

Richard Câmara: Ilustrador Português

Como muitos portugueses que executam trabalho de qualidade, Richard Câmara "mandou-se" para terras de nuestros hermanos, ou seja, trabalha fora de Portugal como muitos outros que ambicionam algo mais. O propósito de o trazer a este blog tem várias razões de ser.
A primeira, como referi no início, prende-se com a evidente qualidade do seu trabalho.

A segunda, pelo facto de as suas ilustrações fazerem novamente parte do projecto “Pictoplasma - Character Encyclopaedia”, edição que compila projectos de ilustração, design, etc., tendo como finalidade a sua possível coloração, partindo daí para um universo expandido onde as ideias poderão ser utilizadas para a execução de instalações, escultura, pintura e muito mais. A sua vertente de manual de identidade gráfica é vincadamente objectiva, trazendo ao dia-a-dia do indivíduo novas possibilidades. Podem consultar os seus “Ratos Mickey” que fazem parte deste projecto, aqui.

A terceira razão deste artigo tem a ver com um dos seus trabalhos, La Caperucita Terrorífica, que recebeu uma distinção no IX ExpoComic de Madrid, evento de grande referência na BD espanhola. Aconselho vivamente a sua visualização no blog do respectivo autor, onde podem ter acesso às 4 pranchas desse projecto.

Por fim, falo-vos do “Rei Arenque”, BD que esteve exposta no FIBDA´06. Fica uma página deste título para vossa visualização e, o conselho para uma visita ao blog do artista, richardcamara.blogspot.com, onde terão acesso às restantes pranchas desta história que conta com o argumento de David Soares (o projecto desenvolveu-se a partir de um storyboard deste último). Parabéns ao que de bom se faz com selo português!
Boas leituras!


Mauro Bex : maurobindo

quinta-feira, dezembro 14, 2006

PIC(K) OF THE WEEK #7

David Petersen: Mouse Guard


Mauro Bex : maurobindo

O FIBDA´06 já lá vai (um último Sábado no FIBDA)


Apesar de o Festival já ter terminado há algum tempo, cerca de mês e meio atrás, tinha-me comprometido com o Nuno (enanenes do BDesenhada.com) a escrever um artigo sobre o final do FIBDA´06. No primeiro artigo que escrevi, debruçava-me sobre o 1º Sábado do evento, com alguma curiosidade e expectativa à mistura, pois a coisa prometia. Ou talvez não. Ora bem, chegado o último Sábado do Festival, concluí que nem tudo deve ter corrido como o esperado (mais uma vez). Passo a relatar nas linhas que se seguem, essa minha vivência. Hora de almoço, boa altura para visitar a exposição do piso -1, pois o tuga tem sempre de almoçar (e de fazê-lo a horas certas de preferência), pensei eu e pensei bem. Tranquilidade, espaço e tempo para ver tudo com atenção e sem problemas, mas a certa altura confesso que tanta calmaria começou a tornar-se estranho; não liguei e aproveitei ao máximo. Decidi passar para o piso superior, o piso 0, onde estavam concentradas as várias editoras e lojas, mais a exposição do Filipe Abranches e várias outras. Qual foi o meu espanto quando percebi que caminhava praticamente sozinho em tão amplo espaço. Pior, só duas ou três das lojas se encontravam em funcionamento! As restantes até paninhos tinham por cima, para que os livros não apanhassem pó. Para além da minha pessoa, realmente devia ser a única coisa que também circulava por ali… Isto, entre as 13:30h e as 14:00h. Eu percebo que as pessoas tenham de almoçar, mas sinceramente! Já inventaram o revezamento na altura em que éramos símios. No fundo continuamos na mesma. Não serve de muito estar para aqui a alongar-me e a esticar conversa. Achei importante a temática da exposição do piso -1 (sim, é propositadamente que assim a chamo), pois trouxe ao de cima vários trabalhos de qualidade dos quatro cantos do mundo, permitindo-nos ver mais de perto as diferentes técnicas, estilos e realidades de cada região do globo. Agora cá em cima, tirando as exposições e os artistas que nos presentearam com as suas aparições, a organização e as lojas tiveram uma prestação, direi ausente, pouco participativa. Estou a generalizar, é claro. Desculpem a sinceridade mas foi o que senti nos dois dias em que me pude deslocar à Brandoa. Quando se fala no facto de Portugal estar a anos-luz, em certos casos, no que diz respeito à divulgação e promoção de eventos, o FIBDA é um bom exemplo, no mau sentido. Fale por si quem foi, quem viu, quem participou, quem está lá sempre, quem faz parte do grupo dos do costume. Trata-se apenas da minha opinião, pois gostaria muito de um dia, ver um Festival de BD no nosso país a “rebentar pelas costuras”. Tenho dito.


Mauro Bex : maurobindo

Capas do 9ª #4 - SHI: JU-NEN #1 a 4

Após longo interregno, Tucci decidiu voltar a investir na sua criação mais (re) conhecida, a heroína Shi, desta feita com apoio e edição da Dark Horse. O enquadramento da narrativa transporta-nos de volta ao Japão, onde os velhos fantasmas que continuamente assombram e se retorcem na memória de Ana Ishikawa, prendendo-a às suas origens, trazem à tona do seu consciente velhos conflitos por resolver. No entanto e, pela primeira vez, vou tomar a liberdade de compactar nesta rubrica 4 capas que formam um dos mais belos conjuntos a que já tive acesso. Foi precisamente o impacto visual destas 4 composições que despertaram imediato interesse em mim, levando-me mais tarde a adquirir esta mini-série (foi o primeiro contacto que tive com o trabalho de Tucci). Há dez anos que a personagem Shi estava afastada de novas publicações. Para os fãs foi um regresso refrescante. Ainda assim, arrisco afirmar que melhor destes volumes são as capas. Não que o argumento e a arte sejam pobres, mas por vezes tornam-se confusos, levando à dispersão do leitor. É sobre as isso (as capas) que vale a pena reflectir e procurar julgar as mesmas como um todo, indissociáveis entre si, pois a linha de raciocínio escolhida aplica-se a todas elas. Existe de forma algo notória uma combinação entre ocidente e oriente, quer a nível de representação artística quer a nível cultural, remetendo-nos para as origens de Ana Ishikawa, filha de pai japonês e mãe estado-unidense (utilizo esta terminologia, pois considero que americano ou norte-americano engloba várias nacionalidades). Os seus traços faciais denotam saudável ambiguidade cultural, o rosto branco da sua subtil personalidade geisha que utilizou no passado para servir os seus propósitos. Ao mesmo tempo, é o pó de arroz e toda uma maquilhagem nipónica que fazem de Shi o que ela realmente é, uma guerreira de raízes sohei (treinada pelo seu avô paterno) com personalidade fortemente vincada pela determinação, caminho que a conduz às suas metas, nunca lhe tirando pitada da sensualidade e erotismo que tão bem a caracterizam. Na primeira capa é bem visível a sua sensualidade, na segunda a atitude guerreira, na terceira a astúcia e determinação, e na quarta a sua objectividade. Qualquer semelhança com a arte da gravura japonesa é pura coincidência. Não me parece ter sido essa a proposta de Tucci, se bem que na primeira das composições há toda uma envolvência que nos poderá remeter para o séc. XIX (consultar o site sobre Gravuras Japonesas Modernas, exposição patente na Fundação Calouste Gulbenkian). Como referi anteriormente, Shi acaba por adoptar um pouco dessa tradição geisha, vincadamente sensual e serviçal, mas que no fundo é muito, muito mais do que isso. O cabelo escorrido sempre penteado e tratado, o cuidado com a toilette e aparência, o corpo sempre esbelto e sinuoso, a escolha com as vestes… A personificação do bem e do mal faz parte desta mulher guerreira, sendo formidavelmente exposta no papel e melhor do que nunca nestas capas. Elas são um autêntico espelho da verdadeira essência de Ana Ishikawa, conhecida entre nós como Shi.
Boas leituras!

Veja as capas com maior qualidade:
Shi: Ju-Nen #1
Shi: Ju-Nen #2
Shi: Ju-Nen #3
Shi: Ju-Nen #4



Mauro Bex : maurobindo

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Brevemente: HISTÓRICOS DA 9ª ARTE



Está para breve a inclusão de uma nova rubrica no 9ª, denominada "Históricos da 9ª Arte". Desta farão parte figuras emblemáticas da Banda Desenhada a nível global, mas não apenas figuras nascidas através da BD. Passo a explicar, pois a abrangência estende-se até que a imaginação e a memória o permitam, abarcando personagens que possam vir de outra realidade ou arte que não a Banda Desenhada, mas que tenham sido retratados em BD, isso é fundamental, ou este tema não faria sentido algum. Logo, de proveniência directa ou indirecta, se assim o posso classificar. A ideia é retratar ícones que sejam famosos e, neste caso específico, com alguma antiguidade e posto, procurando eu ser o mais consensual possível no tratamento e escolha dessas "personalidades". Está para breve, muito breve. Mantenham-se atentos.
Boas leituras!


Mauro Bex : maurobindo