quinta-feira, março 29, 2007

Sin City - She Wants Revenge

Numa das minhas raras passeatas pelo YouTube, deparei-me com esta adaptação de umas das minha bandas de eleição, os "She Wants Revenge", para com o mítico "Sin City" de Frank Miller. Nada como ver um bom "trailer" com uma banda sonora que encaixe como ginjas. Apreciem.

quinta-feira, março 22, 2007

Históricos do 9ª #1: Recruta Zero (Beetle Bailey)

Começo o segundo número desta rubrica com cunho pessoal, pois esta é uma figura pela qual nutro um carinho especial. Nos meus tempos de infância, em época estival, guardo na memória a recordação de estar a caminhar para a praia com todos aqueles apetrechos necessários ao bom banhista, e de pedir aos meus pais que me comprassem uma BD qualquer, ou um daqueles almanaques mais espessos (em dias de mais sorte), pois devorava tudo num instante. O meu pai, leitor assíduo de periódicos, recomendou-me um dia o Recruta Zero, visto eu ter a mania da Disney naquela altura. “Leva este que te vais fartar de rir. É muito engraçado. Vais adorar!” Ora, como qualquer petiz, anui de imediato. E pronto, a partir daquele dia longínquo ficaria para sempre ligado ao Recruta Zero, que mais tarde vim a descobrir chamar-se Beetle Bailey, no original, pela capacidade que continua a ter em alegrar qualquer espírito.
A história do Recruta Zero é longa, contando com mais de 50 anos de publicações. Da autoria de Mort Walker, Zero começou por ser um estudante universitário de nome Spider (publicado pela primeira vez em 1950), mas foi passado um ano que a sua popularidade disparou. Durante a guerra na Coreia, a personagem alista-se no exército para prestar serviço à nação e o cenário passa do campus universitário para o quartel. Foi uma aposta de génio por parte de Mort Walker, como a história hoje nos mostra. Fundamental, é sabermos que Zero surgiu publicado no formato tira cómica, criado por um homem que se dedicava à arte do cartoon. Enquanto a personagem ganhava fama, surgiam alguns dissabores, muitos deles mostrando ser benéficos. Exemplo disso foi o facto de a publicação ser banida do jornal das Forças Armadas dos E.U.A. (Stars & Stripes) em 1954, por ser considerada subversiva. Acabou por ser uma alavanca que catapultou Zero na escala de popularidade. A censura mostrou ser um bom veículo de promoção.Ao longo dos anos o “Quartel Swampy” foi palco das mais variadas críticas ao povo dos states, ilustrando factos, sempre com uma forte componente social e tentativa de mudança de mentalidades. Walker introduziu, nos anos 70, o primeiro personagem negro na história da série e, na década de 90, o primeiro asiático. Tanto um como o outro, nas épocas em que foram inseridos, voltaram a causar burburinho pelo país fora (E.U.A.), levando a boicotes nos vários jornais onde diariamente as tiras eram publicadas. O forte impacto que Zero produzia nas pessoas era tal, que acabava sempre por mostrar ao povo muita da hipocrisia vivida no exército, sendo que Walker se inspirou em pessoas e factos reais para as personagens e acontecimentos do Quartel Swampy, tendo o próprio servido no exército durante quatro anos enquanto jovem. É possível afirmar que a “vidinha mais ou menos” do Quartel Swampy influenciou e despertou muitas mentalidades, mostrando que o quotidiano de todos nós já teve momentos idênticos.
Pouco mais haverá para dizer de Zero, Tainha, General Dureza, Dentinho e companhia (todos nomes brasileiros, pois ainda hoje o que chega a Portugal sobre Beetle Bailey é traduzido para português do Brasil; caso contrário penso que só neste séc. XXI o Recruta Zero teria chegado à cauda da Europa…), a não ser o seu evidente sucesso e reconhecimento no virar deste novo milénio.
Em jeito de nota e a saber, Zero circula hoje em dia em mais de 1800 jornais, em cerca de 50 países e é lido por mais de 200 milhões de pessoas diariamente (eu sou um deles). Sobre o autor de Beetle Bailey, Mort Walker, ele fundou o “Museum of Cartoon Art”, o primeiro museu dedicado à preservação e dignificação da arte dos comics. Actualmente é conhecido como “The National Cartoon Museum”.
Walker publicou vários livros sobre a personagem. Alguns dos mais famosos são “50 Years of Beetle Bailey” (2000), “Beetle Bailey Celebration” (2005), “The Best of Beetle Bailey” (2005), todos eles no seu original e, pela mão da Opera Graphica do Brasil, “Recruta Zero”, uma compilação com o melhor da personagem desde os primórdios dos anos 50, fazendo uma abordagem evolutiva durante as décadas seguintes até aos anos 90. Em relação a este último, como pude comprovar o seu verdadeiro interesse e valor, é realmente uma boa leitura para aqueles que desejam conhecer Zero ou simplesmente recordá-lo, pois a obra compila o melhor de sempre Beetle Bailey. Nos dias que correm, alguns dos filhos de Walker já assumiram a continuidade de Zero, com principal destaque para Greg Walker que juntamente com o pai assina por baixo de cada tira cómica. O legado está garantido, para bem da história do cartoon e da Banda Desenhada. Fica uma das frases míticas do Recruta mais calão da história: “Sempre que sinto vontade de trabalhar, me deito e espero ela passar”.
Boas leituras!


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Mauro Bex : maurobindo

BDesenhada.com de Parabéns!


Após um ano no activo, o site BDesenhada.com está de parabéns e recomenda-se. Comemorando o seu primeiro (de muitos, espero) aniversário, este é um site obrigatório sobre o tema da 9ª arte, onde o cibernauta poderá consultar as notícias mais recentes do panorama bedéfilo, quer sejam nacionais ou internacionais, lançamentos de livros, entrevistas, as mais variadas colunas (eu sou responsável por 2 delas), críticas, um espaço dedicado aos fãs do género e muitas outras iniciativas, sempre com uma capacidade de actualização notável.
É sem dúvida alguma o site mais completo sobre Banda Desenhada em Portugal, sendo por isso, local de consulta obrigatória para todo o entusiasta do universo da 9ª arte; diria mesmo que é aconselhável consultá-lo diariamente. É em jeito de homenagem prestada que redigi este pequeno texto, visto que iniciativas destas não surgem senão devido à enorme teimosia de uns quantos loucos, que sem que nada a ganhar dedicam horas do seu tempo a um nobre ideal como este. Mais houvessem. Fica o meu agradecimento a todos os que participam deste projecto, mas principalmente ao "enanenes", que se tem mostrado um compincha, um paladino que incessantemente luta para o sucesso e sobrevivência de um sítio que todos nós compreendemos ser fundamental e necessário. O ideal, esse é nobre. Para o ano estamos cá de novo.
Até lá, boas leituras!


Mauro Bex : maurobindo

segunda-feira, março 19, 2007

Históricos do 9ª #1: RECRUTA ZERO (Beetle Bailey) [pré-publicação]


Como sucedeu com Conan, o primeiro histórico a figurar neste blog, o próximo eleito surge em jeito pré-publicação no 9ª Arte, de forma a dar a conhecer aos amantes do género quem será o próximo visado neste tema que procura mostrar como figuras que fazem parte da história dos quadradinhos, podem por vezes surgir de outros campos que não a BD, embora seja fundamental que exista essa ligação com a arte da Banda Desenhada, ou não haveria sentido nisto tudo. Fica prometido ainda para esta semana, um texto exclusivo sobre a personagem Recruta Zero, o segundo "herói" desta rubrica.
Até lá, boas leituras!


Mauro Bex : maurobindo

quinta-feira, março 01, 2007

Capas do 9ª #6 - PIRATES OF CONEY ISLAND #1

Capa de: Vasilis Lolos


Misturando pop, punk e rock, temos a onda dos anos oitenta, pura e dura. Adicionando tonalidades rosa, uma boa dose de azuis, mexendo bem com amarelos, uma vasta gama de ocres, laranjas e afins, temos como resultado final o espírito de “Pirates of Coney Island”. Nesta capa energética, podemos contemplar a personalidade eléctrica do personagem punk principal, pela forma como este, de guitarra em punho, salta vigorosamente, qual estrela rock em plena acção. Neste mundo à parte, “convivem” juntos punks, gangsters mafiosos e mais alguns tipos de “aves raras” que, todos mesclados formam um caldeirão de irreverência, criminalidade e negócios manhosos, sem que falte porrada com fartura, sangue e umas quantas cabeças a rolar. Dito isto, o que esperar de uma série que explora uma realidade que muitas das vezes nos passa despercebida e desinteressada? Nada melhor que ler a série, pois procuro debruçar-me sobre esta capa inaugural. Jogando com cores quentes e frias, este primeiro número procura cativar os mais curiosos a entrarem em Coney Island. Cião e magenta fazem uma combinação perfeita, onde pequenas faíscas de amarelados dão o toque quente à composição, que aproveita o contraste entre preto e branco para dar mais profundidade, e ao mesmo tempo leveza, ao conjunto de elementos que figuram no papel (ou neste caso, no ecrã). Quanto ao espírito pirata, podemos encontrá-lo no logo da série, onde a palavra “Pirates” surge sobre um fundo negro, fazendo lembrar o estandarte tipicamente pirata; na pala que tapa o olho da personagem; na despreocupação punk que vai contra a maneira de estar da sociedade, funcionando como ponte de ligação com o passado, quando mercenários navegavam por mares e oceanos sem leis que os preocupassem ou tirassem o sono.
Mas existe ainda a realidade dos gangs, que assolam esta ilha. No carro que surge vindo do fundo, a matrícula espelha a maneira de actuar desses grupos criminosos: “KILL”. Mais explícito não podia ser.
Como em qualquer realidade mundana, os verdadeiros punks movimentam-se quase como uma matilha, pilhando, retraçando e extorquindo o que o mundo lhes dá. E quando esse grupo é totalmente feminino... temos o resultado na capa escolhida por mim, nesta sétima edição da rubrica “Capas do 9ª”.
Uma forma geométrica que faz lembrar um triângulo invertido, símbolo da feminilidade, surge no topo e ao centro da página. E quando a cor utilizada nessa forma é o magenta, aconselho-vos: cuidado com as moças, pois elas são as matriarcas: “Well, welcome to to the jungle, baby”. Por fim, o raio, que mais não faz do que reforçar o conceito de energia e irreverência. O cocktail está pronto a ser servido. Apreciem.
Boas leituras!


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Mauro Bex : maurobindo

Star Wars: ROYAL GUARD


No início desta semana, boas foram as noticias vindas de uma galáxia “(…) far, far away”. Tinha chegado a estatueta “Royal Guard”, da Gentle Giant, e estava pronta a ser levantada. Elegância é sem dúvida o melhor termo que encontro para classificar esta peça. A postura, a firmeza e o leve toque de movimento dado nas vestes deste membro da Guarda Real do Imperador, transmitem-nos uma harmonia extrema, apenas atingível pelos mais dedicados, disciplinados, inteligentes e leais. Ao mesmo tempo, eram mortíferos se o momento assim o ditasse. Estes membros faziam parte da guarda de elite que acompanhava o soberano da galáxia em qualquer circunstância.
Afirmo-vos que os pormenores são preciosos, fazendo deste exemplar uma bela adição à vossa colecção Star Wars.
“Estou maravilhado!”


Mauro Bex : maurobindo